AS DIFERENÇAS INDIVIDUAIS NAS RESPOSTAS AOS EXERCÍCIOS FÍSICOS
Como se explicam as diferenças individuais nas respostas aos programas de atividade física? È muito comum quando alguém inicia um programa de exercícios, existir uma expectativa de um determinado objetivo a ser atingido. Este objetivo pode ser a perda de peso e, portanto a expectativa de se atingir um peso ideal, pode ser aumentar a massa muscular na busca de um modelo do ponto de vista estético, ou mesmo a melhora da resistência física em busca de melhor qualidade de vida.
Na prática, o que nós podemos constatar é que, por mais que o indivíduo se dedique à este programa, nem sempre os objetivos são atingidos e a evolução temporal é muitas vezes mais lenta do que se poderia esperar. Por outro lado, muitas vezes aparece uma certa frustração e desestimulo quando se observa que outras pessoas tem uma resposta mais rápida e eficaz ao mesmo programa de exercícios.
Atualmente, se a ciência do esporte ainda não tem a solução para estes casos, pelo menos tem a explicação científica para o que ocorre. Com base em extensos estudos realizados com gêmeos, pesquisadores americanos puderam estabelecer a existência de 4 grupos de indivíduos com respeito à natureza das respostas aos exercícios:
1) Indvíduos que respondem rápido e desenvolvem grandes modificações funcionais e estéticas quando realizam um programa de exercícios.
2) Indivíduos que respondem rápido, porém apresentam pequenas modificações.
3) Indivíduos que respondem lentamente mas conseguem grandes modificações.
4) Indivíduos que respondem lentamente e só atingem pequenas modificações.
A explicação para estas diferenças está baseada fundamentalmente na herança genética de cada um.
Isso significa que nós herdamos de nosso pais as características que nos classificam em um dos 4 grupos.
Aqueles de nós que fazem parte do grupo 4, são os que mais freqüentemente se frustram com o resultado da prática de exercícios, principalmente do ponto de vista estético. Nesse caso, devemos aceitar nossa limitação genética e valorizar, sobretudo os “benefícios invisíveis” da prática de exercícios, que certamente serão colhidos em termos de qualidade de vida e saúde.
Fonte: Dr. Turíbio Leite – Médico fisiologista
Body Building news, nº6 fev 2007 São Paulo.
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